Protesto no Rio tem detidos e depredaçõeS.
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ASO EQUIPAMENTOS DE COMBATE À INCÊNDIO

Em um ato de apoio aos manifestantes que ocupam a Câmara Municipal do Rio de Janeiro há uma semana, em uma manifestação conhecida como "Ocupa Câmara", cerca de 40 pessoas protestam em frente à Casa, na Cinelândia, no centro da capital, na madrugada desta sexta-feira (16). O policiamento na região foi reforçado, segundo a Polícia Militar.

Os manifestantes chegaram ao local por volta das 23h45 de quinta-feira (15). Uma parte desse grupo é remanescente de outro, com cerca de cem pessoas, que protestou mais cedo no MAR (Museu de Arte do Rio), na praça Mauá (zona portuária do Rio), onde três pessoas foram detidas.

Duas delas foram levadas para a 5ª DP, no centro, por volta das 21h30. Um desses detidos é suspeito de ter cuspido em um policial durante uma confusão. Outro detido, um índio, foi arrastado por policiais e detido quando tentou impedir a saída da viatura com o manifestante.

Nesse momento, o diretor do MAR, Paulo Herkenhoff, que, em meio à tensão, abandonou um compromisso oficial e desceu para dialogar com os manifestantes, agarrou-se ao índio, envolveu-se no tumulto e também foi empurrado por PMs.


15.ago.2013 - Segurança é reforçada no entorno da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (15). Manifestantes protestam no local contra a escolha dos integrantes da CPI dos Ônibus

Os manifestantes foram levados ao MAR por causa de um boato de que o prefeito Eduardo Paes e o governador Sérgio Cabral (ambos do PMDB) estariam participando de uma recepção no local. Surpreendidos, policiais rapidamente cercaram o museu. Paes e Cabral não estavam lá.

Segurando um megafone emprestado por um militante, Herkenhoff chegou a propor um "pacto de não agressão" para que a manifestação continuasse pacificamente.

No entanto, quando ele foi conversar com o PM que comandava a operação e sugeriu a retirada da barreira policial, a proposta não foi aceita. "Se quebrarem o museu, a responsabilidade é minha", disse o diretor. "Quem manda aqui sou eu. Não posso autorizar", respondeu o policial, identificado como major Belitardo.

Acusado por alguns manifestantes de ter enganado o grupo, Herkenhoff chegou a colocar o cargo que ocupa como garantia de que não haveria violência. "Não consegui que a polícia saísse. Se tiver gás de pimenta, vai ter em mim também". Não houve confronto.

Mais confusão e depredações

Em Laranjeiras, em frente ao Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado, para onde o grupo seguiu após o incidente, placas de sinalização de ruas e lixeiras foram depredadas quando equipes do Batalhão de Choque da PM se encontraram com os manifestantes.

Muitos dos que participavam do protesto usavam máscaras e roupas pretas, características da tática conhecida como "black bloc". O clima era de tensão.

'Ocupa Câmara'

A Câmara foi ocupada na última sexta (9), após a sessão de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito que tem o objetivo de investigar os contratos das empresas de ônibus com a Prefeitura do Rio e ficou conhecida como CPI dos Ônibus.

Os manifestantes querem a anulação da reunião que escolheu o vereador Chiquinho Brazão (PMDB) para presidente e Professor Uóston (PMDB), para relator da CPI dos Ônibus, formada por vereadores da bancada governista e criada para investigar o contrato de concessão entre a prefeitura do Rio e as empresas de ônibus que operam na cidade.